em todo o estado

A partir de sábado, bandeiras de distanciamento terão critérios mais rígidos

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Em live no Facebook nesta quinta-feira, o governador Eduardo Leite (PSDB), acompanhado da coordenadora do Comitê de Dados, Leany Lemos, apresentou as mudanças no modelo do distanciamento controlado que está em vigor há cinco semanas no Estado. Alguns dos 11 indicadores, como número de leitos disponíveis de UTI e número de casos de Covid-19, ficarão mais rígidos a partir de agora. Um dos motivos que levou o grupo técnico a reavaliar as medidas é o aumento do número de hospitalizações.

A ideia é "amadurecer uma teoria, que agora está em prática", conforme explicou o governador. Com critérios mais rígidos, os indicadores devem se aproximar mais da realidade e avisar com a antecedência necessária o cenário em cada região e no Estado inteiro. Conforme Leany, algumas bandeiras demoravam para alcançar o cenário atual. Agora, em alguns casos, os números usados contarão não só com dados atuais, mas, sim, com a projeção para os próximos 14 dias e, assim, devem evitar o colapso na saúde no Rio Grande do Sul. As mudanças serão válidas a partir de sexta, quando é feita a análise dos indicadores e bandeiras que, como nas outras semanas, serão anunciadas no sábado e entram em vigor a partir de segunda-feira. 

Taxa de ocupação de leitos de UTI em Santa Maria é de 63,1%

O governador também anunciou que a partir da semana que vem, o Estado recebe 130 respiradores do Ministério da Saúde, um pedido feito em março para possibilitar aumento de leitos de UTI. Ainda não há detalhes de quando e para onde os equipamentos serão destinados.

O QUE MUDA 
É válido lembrar que cada indicador tem uma cor. A média dos 11 resulta em uma bandeira. Se a região tiver um indicador vermelho ou preto, por exemplo, não significa que a bandeira final será dessa cor. Nesta semana, Santa Maria teve dois indicadores vermelhos, porém, no final, ficou na cor laranja, de risco médio.  

MUDANÇA DE INDICADORES

1) Hospitalizações por Covid-19

Como é: no modelo vigente, o indicador de hospitalizações por Covid-19 passa de amarelo para laranja ao chegar a 50% de crescimento, e quando chega a um aumento de 100% passa a bandeira vermelha.

Como fica: quando o número de hospitalizações crescer 20%, o indicador passa de amarelo para o laranja; quando ultrapassar 50% passa ao vermelho e, acima de 50%, o indicador fica na cor preta.

2) Número de leitos de UTI para Covid-19

Como é: para evoluir do amarelo para o laranja, é preciso passar de 0 a 25% de ocupação de leitos, de 25% a 50% fica com indicador laranja, de 25% a 50% fica com a cor vermelha. Mais da metade dos leitos ocupados significa bandeira preta.

Como fica: até 20% de leitos ocupados o indicador fica amarelo, entre 20% e 30% passa ao laranja, acima de 30% e até 70% de ocupação a bandeira é vermelha. Acima de 70% o indicador e preto.

3) Indicadores de mortes por Covid-19

Como é: é feita proporção de mortes pela doença a cada 100 mil habitantes. De acordo com o governo, isso já reflete o cenário atrasado, porque a maioria das mortes são de pacientes que ficaram dias com a doença. 

Como fica: será feita uma projeção de óbitos para os próximos 14 dias para ajudar a antecipar os efeitos da pandemia. 

4) Casos ativos e casos recuperados

Como é: considera o número de casos ativos (casos confirmados sem contar os recuperados e as mortes) do último dia e os casos curados dos últimos 50 dias. 

Como fica: considera o número de casos ativos da última semana e os recuperados dos últimos 50 dias. A ideia é corrigir a defasagem de casos registrados pelo Estado em relação aos municípios.

5) Capacidade de atendimento

Como é: era considerado o número de leitos de UTI livres para Covid-19 no último dia para cada 100 mil idosos da região.

Como fica: será considerado número de leitos de UTI livres para cada leito de UTI ocupado por pacientes Covid-19 

GATILHOS DE SEGURANÇA
Outros critérios para mudança de bandeira também foram alterados:

1) Número de hospitalizações

Como é: para baixar a bandeira, a região pode ter, no máximo, 5 novos casos de hospitalização por semana.

Como fica: agora, terá de registrar no máximo 3 novos casos. Ou seja, para a região ganhar o "benefício" de baixar a bandeira, precisa ser mais cautelosa. 

2) Bandeira vermelha ou preta 
A partir de agora, se uma região chegar a bandeira vermelha ou preta, terá de ficar na mesma classificação por mais duas semanas. Por mais que os indicadores melhorem de uma semana para a outra, será preciso apresentar uma constante em duas semanas. A ideia é evitar a "falsa melhora". 

A diferença entre a bandeira vermelha para a laranja, é a redução de trabalhadores no comércio de itens essenciais, lojas de produtos não essenciais de rua fecham. Além disso, hoteis e transporte publico devem operar com redução em relação ao laranja.

REGIÃO DE SANTA MARIA NO LARANJA
Se os novos critérios estivessem em vigor, a região de Santa Maria permaneceria com bandeira laranja. A demonstração foi dada por Leany Lemos durante a coletiva, e nenhuma região seria vermelha atualmente. Porém, atualmente, a cidade tem dois indicadores no vermelho, que colocaram a região em alerta: o aumento de número de hospitalizações e o aumento em internações em leitos clínicos. 

Se os novos critérios estivessem valendo, a cidade teria dois indicadores pretos: o aumento no número de hospitalizações por Covid-19 e número de pacientes em leitos clínicos, além de outros dois indicadores vermelhos: total de casos ativos em relação aos recuperados e o número de hospitalizações nos últimos sete dias.

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